segunda-feira, 22 de outubro de 2012

UMA PAUSA ANTES DE SEGUIR EM FRENTE

“Todos os dias ao acordar, pisco para Deus e digo Senhor, que nossas vontades coincidam, mas se não coincidirem, que a tua prevaleça”. Não há como negar que escrevo a coluna dessa semana com uma leve tristeza. A cidade decidiu através de uma maioria mínima retornar ao comando das elites e das políticas conservadoras. Temos um prefeito eleito com a legitimidade de apenas um terço dos eleitores, um quinto da população da cidade. Para quem tinha dúvidas do que digo, bastou andar pela cidade na segunda feira e ver o ar de perplexidade que tomou conta de todo mundo com a decisão inesperada, fruto de uma campanha superficial e extremamente prejudicada por um malfadado ajustamento de conduta aceito pelas coligações. Tudo isso num momento em que temos a segunda melhor educação do país. Obras por toda a cidade e dezenas de programas sociais em curso. As mesmas figuras e pensamentos retrógrados já festejam e ensaiam o retorno. Pelas regras do jogo democrático retornaremos ao velho caminho pensado e construído por poucos e para poucos onde o povo é coadjuvante e nunca protagonista. Mais uma vez poder econômico e político caminharão lado a lado e não é preciso mágica para saber que a política de perseguição está chegando.
                A briga pelo poder não durou os três meses de campanha mas os quatro anos que se sucederam a eleição de 2008. A cidade presenciou o maior caso de covardia da sua história, quando sucessivos casos perseguição obrigavam a Câmara Municipal votar quinzenalmente pedidos de impeatchiman do prefeito e ameaças aos vereadores. Presenciamos até a triste cena de um promotor que não honra o torçal da beca que ostenta, se arvorar em querer governar a partir do Ministério Público, como se qualquer legitimidade tivesse para isso. Setores fajutos da imprensa, representados por um jornaleco que a cada dia vai jogando o nome construído pela família na lama da ignorância e da mesquinharia e um site de quinta categoria, escravo do dinheiro e que atrai público pelo cheiro de sangue trataram de ecoar essa covardia. 
                Dizem que a humildade não se mostra na vitória mas na derrota. Tento fazer disso um exercício e aceitar com humildade a voz soberana das urnas. Desejo ao prefeito eleito e a equipe que conduzirá a cidade a partir de janeiro boa sorte e sabedoria.
                Me dirijo a atual câmara e saúdo de modo carinhoso o presidente Durvalino que diariamente se mostrou um vereador apaixonado pela função e batalhador do legislativo a quem o povo reconduziu a casa. Meu abraço ao vereador Didinho que também pude presenciar e acompanhar a dedicação e o esforço para bem desempenhar o ofício, assim como o vereador Levi e o vereadores Sérgio Faria e Lattaro. Vi o vereador Ari combater um bom combate e a ele também deixo minha homenagem.
                Meus queridos amigos Nesmar, Luzia e Clayon, contem conosco nessa nova batalha e que o Espírito Santo de Deus os conduzam. Minhas homenagens e votos de boa sorte também aos demais atuais e futuros vereadores.
                Amigo Roberto, prefeito do centenário, prefeito da segunda melhor educação do país, prefeito do Restaurante Popular, prefeito do asfaltamento, prefeito da qualificação profissional, prefeito da farmácia popular, prefeito dos PSFs, prefeito dos projetos sociais, prefeito da cultura... A jornada ainda terá muitos capítulos e nunca foi um segredo que trilhar um novo caminho não é tarefa fácil e que as vezes é necessária uma pausa antes de seguir em frente.
                Meus cumprimentos também aos Guaranesianos e ao Prefeito João Carlos Minchillo reeleito em uma disputa difícil contra a mentira e o populismo barato sem projeto político.
                Que Deus abençoe Guaxupé e nos abençoe a todos. Que nos dê sabedoria, mas também coragem de nunca fugir a luta. Que esse chão que tanto amo e nossa gente possam ter sua estrela sempre brilhando...

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