“Todos
os dias ao acordar, pisco para Deus e digo Senhor, que nossas vontades coincidam,
mas se não coincidirem, que a tua prevaleça”. Não há como negar que escrevo a coluna
dessa semana com uma leve tristeza. A cidade decidiu através de uma maioria
mínima retornar ao comando das elites e das políticas conservadoras. Temos um
prefeito eleito com a legitimidade de apenas um terço dos eleitores, um quinto
da população da cidade. Para quem tinha dúvidas do que digo, bastou andar pela
cidade na segunda feira e ver o ar de perplexidade que tomou conta de todo
mundo com a decisão inesperada, fruto de uma campanha superficial e
extremamente prejudicada por um malfadado ajustamento de conduta aceito pelas
coligações. Tudo isso num momento em que temos a segunda melhor educação do
país. Obras por toda a cidade e dezenas de programas sociais em curso. As
mesmas figuras e pensamentos retrógrados já festejam e ensaiam o retorno. Pelas
regras do jogo democrático retornaremos ao velho caminho pensado e construído
por poucos e para poucos onde o povo é coadjuvante e nunca protagonista. Mais
uma vez poder econômico e político caminharão lado a lado e não é preciso
mágica para saber que a política de perseguição está chegando.
A briga pelo poder não durou os três meses de
campanha mas os quatro anos que se sucederam a eleição de 2008. A cidade
presenciou o maior caso de covardia da sua história, quando sucessivos casos
perseguição obrigavam a Câmara Municipal votar quinzenalmente pedidos de
impeatchiman do prefeito e ameaças aos vereadores. Presenciamos até a triste
cena de um promotor que não honra o torçal da beca que ostenta, se arvorar em
querer governar a partir do Ministério Público, como se qualquer legitimidade tivesse
para isso. Setores fajutos da imprensa, representados por um jornaleco que a
cada dia vai jogando o nome construído pela família na lama da ignorância e da
mesquinharia e um site de quinta categoria, escravo do dinheiro e que atrai
público pelo cheiro de sangue trataram de ecoar essa covardia.
Dizem que a humildade não se mostra na vitória mas na
derrota. Tento fazer disso um exercício e aceitar com humildade a voz soberana
das urnas. Desejo ao prefeito eleito e a equipe que conduzirá a cidade a partir
de janeiro boa sorte e sabedoria.
Me dirijo a atual câmara e saúdo de modo carinhoso o
presidente Durvalino que diariamente se mostrou um vereador apaixonado pela
função e batalhador do legislativo a quem o povo reconduziu a casa. Meu abraço
ao vereador Didinho que também pude presenciar e acompanhar a dedicação e o
esforço para bem desempenhar o ofício, assim como o vereador Levi e o
vereadores Sérgio Faria e Lattaro. Vi o vereador Ari combater um bom combate e
a ele também deixo minha homenagem.
Meus queridos amigos Nesmar, Luzia e Clayon, contem
conosco nessa nova batalha e que o Espírito Santo de Deus os conduzam. Minhas
homenagens e votos de boa sorte também aos demais atuais e futuros vereadores.
Amigo Roberto, prefeito do centenário, prefeito da
segunda melhor educação do país, prefeito do Restaurante Popular, prefeito do
asfaltamento, prefeito da qualificação profissional, prefeito da farmácia
popular, prefeito dos PSFs, prefeito dos projetos sociais, prefeito da
cultura... A jornada ainda terá muitos capítulos e nunca foi um segredo que trilhar
um novo caminho não é tarefa fácil e que as vezes é necessária uma pausa antes
de seguir em frente.
Meus cumprimentos também aos Guaranesianos e ao
Prefeito João Carlos Minchillo reeleito em uma disputa difícil contra a mentira
e o populismo barato sem projeto político.
Que
Deus abençoe Guaxupé e nos abençoe a todos. Que nos dê sabedoria, mas também
coragem de nunca fugir a luta. Que esse chão que tanto amo e nossa gente possam
ter sua estrela sempre brilhando...

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