segunda-feira, 22 de outubro de 2012

SEGUIR EM FRENTE, EIS O NOSSO CAMINHO!


Olá amigos! Final de semana de democracia. É hora de cada um de nós nos recolhermos ao silêncio cívico da cabina de votação para fazer bradar a voz da democracia. Em nosso país todos os cidadãos com um só compromisso, se encontrar com suas consciências e decidir o rumo das suas cidades.
            Conta uma antiga lenda que em uma colmeia fictícia chamada Abelhópolis, três candidatos disputavam a liderança do enxame. Ou melhor, eram quatro, pois tinha uma abelha falastrona também, mas como ela passava grande parte do dia se admirando no espelho e se autoproclamando a melhor das abelhas, nem chegou a incomodar na disputa.
            Bom, os outros três candidatos saíram a busca de apoio na colméia. O mais abelhudo de todos arrumou uma estratégia que segundo ele era infalível. Andar sempre com uma abelha idosa do lado. Afinal, enquanto o povo olhasse para a abelha idosa, se esqueceria do passado do abelhudo. Não queria que o povo lembrasse que ele renunciou por duas vezes o cargo de chefe do time das abelhas na primeira dificuldade. Também não queria que seus funcionários lembrassem o quanto eram explorados e maltratados. Até arrumou dois ou três com a função de andarem a seu lado falando o contrário.
            Todavia, o abelhudo se esqueceu que a abelha idosa não perdera o gênio ruim com a maturidade. Assim, saíam os dois brigando para ver quem falava mais no microfone, quem era o líder, quem iria mandar, quem convencia mais. Na falta de boas ideias os dois reciclavam as que ouviam e criticavam ferozmente e com baixarias os adversários. O abelhudo era muito rico, distribuía de tudo pela colmeia. Em sua campanha não faltava nada, até pesquisas com números que considerava estratégicos apareciam com abundância. Assim o abelhudo, que conseguira unir toda a elite da colmeia, achava que a eleição estava ganha e que a fina flor da sociedade voltaria a reinar. A carrancuda abelha que chefiaria o gabinete já estava até de malas prontas para voltar.
            O outro concorrente apostou numa tática diferente. Como nunca tinha se preparado para ser líder e sabia que a farsa a qualquer momento podia chegar ao fim, escolheu um zangãozinho ou mini-zangão (como ele mesmo se dizia) para ficar do seu lado. Enquanto o povo se entretece com as caras e bocas do mini-zangão, o candidato mesmo passaria desapercebido só distribuindo abraços sem precisar mostrar conteúdo.
            Até certo ponto a tática funcionou. Mas o mini-zangão não dava uma dentro. Saía fazendo apostas e perdia. Cantava de galo uma hora, de vítima na outra. Mostrava pesquisas mais tortuosas que o abelhudo. Aí foi tudo virando uma brincadeira de bonequinhos mesmo. Sem crédito e sem conteúdo a candidatura só despencava, era todo mundo pulando para fora.
            O último concorrente já liderava a colmeia. Seu ímpeto não era de tomar o poder, só queria dar continuidade nas coisas que estava fazendo. A colmeia sabia que as coisas estavam caminhando direitinho e que até as abelhas que antes eram excluídas passaram a ter vez. Ao seu lado estava uma abelha inteligente e trabalhadora. E como tinha conteúdo e realizações pra mostrar não falou mal de ninguém e nem precisou maquiar quem seria o líder.
            A colmeia era sábia, não queria aventura sem conteúdo. Não queria patrão, nem voltar a ser de poucas abelhas. A colmeia queria atingir as alturas, queria voz e queria vez, queria mel e sabia seguir em frente para consegui-lo.
Que Deus nos abençoe, que o povo tenha sempre voz e que vença a democracia...

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