Olá amigos! Final de semana
de democracia. É hora de cada um de nós nos recolhermos ao silêncio cívico da
cabina de votação para fazer bradar a voz da democracia. Em nosso país todos os
cidadãos com um só compromisso, se encontrar com suas consciências e decidir o
rumo das suas cidades.
Conta uma antiga lenda que em uma colmeia fictícia
chamada Abelhópolis, três candidatos disputavam a liderança do enxame. Ou
melhor, eram quatro, pois tinha uma abelha falastrona também, mas como ela
passava grande parte do dia se admirando no espelho e se autoproclamando a
melhor das abelhas, nem chegou a incomodar na disputa.
Bom, os outros três candidatos saíram a busca de apoio na
colméia. O mais abelhudo de todos arrumou uma estratégia que segundo ele era
infalível. Andar sempre com uma abelha idosa do lado. Afinal, enquanto o povo
olhasse para a abelha idosa, se esqueceria do passado do abelhudo. Não queria
que o povo lembrasse que ele renunciou por duas vezes o cargo de chefe do time
das abelhas na primeira dificuldade. Também não queria que seus funcionários
lembrassem o quanto eram explorados e maltratados. Até arrumou dois ou três com
a função de andarem a seu lado falando o contrário.
Todavia, o abelhudo se esqueceu que a abelha idosa não
perdera o gênio ruim com a maturidade. Assim, saíam os dois brigando para ver
quem falava mais no microfone, quem era o líder, quem iria mandar, quem
convencia mais. Na falta de boas ideias os dois reciclavam as que ouviam e
criticavam ferozmente e com baixarias os adversários. O abelhudo era muito
rico, distribuía de tudo pela colmeia. Em sua campanha não faltava nada, até
pesquisas com números que considerava estratégicos apareciam com abundância.
Assim o abelhudo, que conseguira unir toda a elite da colmeia, achava que a
eleição estava ganha e que a fina flor da sociedade voltaria a reinar. A
carrancuda abelha que chefiaria o gabinete já estava até de malas prontas para
voltar.
O outro concorrente apostou numa tática diferente. Como
nunca tinha se preparado para ser líder e sabia que a farsa a qualquer momento
podia chegar ao fim, escolheu um zangãozinho ou mini-zangão (como ele mesmo se
dizia) para ficar do seu lado. Enquanto o povo se entretece com as caras e
bocas do mini-zangão, o candidato mesmo passaria desapercebido só distribuindo
abraços sem precisar mostrar conteúdo.
Até certo ponto a tática funcionou. Mas o mini-zangão não
dava uma dentro. Saía fazendo apostas e perdia. Cantava de galo uma hora, de
vítima na outra. Mostrava pesquisas mais tortuosas que o abelhudo. Aí foi tudo
virando uma brincadeira de bonequinhos mesmo. Sem crédito e sem conteúdo a
candidatura só despencava, era todo mundo pulando para fora.
O último concorrente já liderava a colmeia. Seu ímpeto
não era de tomar o poder, só queria dar continuidade nas coisas que estava
fazendo. A colmeia sabia que as coisas estavam caminhando direitinho e que até
as abelhas que antes eram excluídas passaram a ter vez. Ao seu lado estava uma
abelha inteligente e trabalhadora. E como tinha conteúdo e realizações pra
mostrar não falou mal de ninguém e nem precisou maquiar quem seria o líder.
A colmeia era sábia, não queria aventura sem conteúdo.
Não queria patrão, nem voltar a ser de poucas abelhas. A colmeia queria atingir
as alturas, queria voz e queria vez, queria mel e sabia seguir em frente para
consegui-lo.
Que Deus
nos abençoe, que o povo tenha sempre voz e que vença a democracia...

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