segunda-feira, 22 de outubro de 2012

PERNAS PRA QUE TE QUERO?

Acho que já comentei com o amigo leitor. Sou uma pessoa meio hipocondríaca. Não posso ver uma doença na televisão que logo já começo a sentir os sintomas. Vou no médico com regularidade e adoro fazer exames. A moça do laboratório já nem estranha mais tanta frequência na salinha de coleta de sangue. Mas ultimamente tenho evitado a presença nos consultórios e por uma razão bem simples. Estou acima do peso.
            Isso mesmo. To gordo. E basta chegar no consultório para o médico fazer a mesma constatação que eu mesmo faço todos os dias diante do espelho. Natal, acho bom tomar cuidado com o peso, diz ele. Oras, se fosse fácil eu já tinha emagrecido. Mas emagrecer só é fácil pra quem não precisa, essa é outra constatação universal. Já disse isso também, mas tenho verdadeiro ódio das pessoas que fazem questão de ficar afirmando o tempo todo que to gordo. Será possível que elas acham que eu não me peso?
            Semana passada um esquisito me disse que é bom ser gordo porque gordo não sente frio. Na cabeça dele. Dia dez de setembro se comemorou o dia dos gordos. E nós exigimos o fim desses preconceitos! Gordo sente frio sim! Me deu vontade de xingar, mas me contive. Como diz minha santa mãe, educação cabe em qualquer lugar.
            Mas enfim... fiquei aqui destilando a raiva e fugi totalmente do nosso tema. Tenho evitado ir ao médico por que como solução para o meu mal ele me recomenda exercícios físicos. Sinceramente, existe poucas coisas que eu deteste mais do que atividades físicas. Não consigo entender quem levanta de madrugada pra caminhar. Muito menos quem fica jogando futebol debaixo do sol. Ou então passar horas suando na academia. Bom, na academia ainda se encontram moças interessantes, mas futebol com marmanjos?
            Não é pra mim, viu. Mas basta entrar no consultório pra me falarem da atividade física. Que dureza! Fazer o que?  Enquanto der vou evitando o médico. Quando a minha hipocondria falar mais alto, vou e começo a fazer uma caminhada (não de madrugada) e pernas pra que te quero...

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