quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Um papo de natal

Para mim, falar de natal é falar de muitos significados especiais. Falar de natal é falar de união, pois é o momento em que todos param para pensar em quem está ao seu redor. É quando se realizam as festas que adiamos o ano todo. É quando paramos, também, para fazer um carinho àqueles que estão longe. Mandamos cartões fazendo votos de que todos tenham boas festas.


Falar de natal é falar de presentes. E falar de presentes quer dizer se fazer presente na vida dos que amamos. Rico ou pobre, sofisticado ou singelo, todos os presentes vão refletindo tantos sentimentos, tanto amor que às vezes não sabemos expressar em palavras. É, muitas vezes, demonstração do afeto que tantas vezes negligenciamos ao longo do ano.

Falar de natal é falar de encerrar ciclos de coisas ruins e ganhar fôlego para novos ciclos bons. É a confiança de que as coisas boas se tornem ainda melhores. Todos precisamos de tempos em tempos avaliar a vida e recomeçar. E o final do ano nos possibilita essa reflexão e novo ânimo para os desafios. Os problemas sempre existirão e por isso nós precisamos nos renovar. Como diz José Saramago com sabedoria: “Ainda que estejamos destinados as estrelas, nem assim, estamos dispensados de percorrer os caminhos desse mundo”.

Falar de natal é falar de amigos. É ter amigos. É ser amigo. Amigos como Luiz Henrique e Clárima (nossa família da capa). Amigos que provam que o amor ainda é vivo. Amigos que formam família. Família com a beleza da vida da pequena Helena que com o novo, todo o velho contagia, como disse João Cabral de Melo Neto.

Falar de natal, é também falar desse Natalzinho, cópia mal acabada do Natalzão. Ao olhar para o meu pai, que completa 50 anos, vejo o mesmo olhar que enxergo no espelho. Igual no olhar e no modo de ver as coisas, igual no nome, igual na maneira de acreditar. Meu pai é a personificação da esperança, de acreditar mesmo quando tudo aponta para o lado contrário. É a imagem da vida, que se refaz e recomeça. É o coração aberto que vai sempre acolhendo mais uma pessoa. Ao chegar a meio século de história honra esse nome abençoado: Natal.

Falar de natal é falar de um Deus que se fez tão frágil. Um Deus que por amor também decide andar pelos caminhos desse mundo. Um Deus que escolheu os pobres, para nos mostrar que tanta desigualdade não pode ser certa. Deus que se fez criança, como a pequena Helena, família como a de Luiz e Clárima, pai como Natal e foi presente para cada um de nós acreditarmos na força da união, da amizade e da fraternidade. Um Deus que nos ama a ponto de em sua divindade construir uma história tão parecida com a nossa.

Como diz nossa redatora Valéria: “natal é a hora de acreditar que é possível ser mais feliz”. Esse é meu voto sincero a você leitor: Acredite que é possível ser mais feliz! Tenha fé e construa um ano novo em que você também se esforce para fazer os outros mais felizes. Que o Deus menino olhe por nós, nossas famílias, nosso trabalho, nossos governantes, olhe por aqueles que não têm saúde, não têm alimento e não têm esperança. Que o verdadeiro espírito do natal faça cada vez mais sentido ao seu coração.

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