É carnaval mais uma vez! Viva a festa do momo e viva a alegria! Abençoado povo que sabe que nem só de pão vive o homem. Abre alas que eu quero passar, quero ver se é mesmo a Rosas de Ouro que vai ganhar, afinal sou da lira e não posso negar. Abençoado país que sabe festejar, o problema são somente aqueles que acham que cachaça é água.
No meio da avenida o homem sério brada a plenos pulmões “mamãe eu quero mamar, dá chupeta pro bebe não chorar”. A noite é longa e ninguém quer ver garrafa cheia sobrar, passa a mão na saca saca saca rolha e bebe até se afogar. Deixa a água rolar! Mande água pra Ioiô, mande água pra Iaiá. Afinal, que calor, ô ô ô ô ô ô... , na matinê da tarde o sol queima a nossa cara.
Essa é a turma do funil, todo mundo bebe, mas ninguém dorme no ponto. Só a coitada da irmã que chama Ana que de piscar o olho ficou sem a pestana. E as mulheres? Mais lindas que nunca! Ô Aurora se você fosse sincera, que bom que era...
Abre alas, balancê, balancê, entra na roda morena que quero dançar com você. E a jardineira? Por que está tão triste? Será que foi a camélia que caiu do galho ou é por que a pipa do vovô não sobe mais? Não fica triste, esse mundo é todo seu sem fazer muita força você é muito mais que a camélia que morreu.
O teu cabelo não nega mulata porque você é mulata na cor, quando por mim você passa fingindo que não me vê o meu coração se despeça, balancê, balancê. Mas tome cuidado, o índio quer apito e se não der o pau vai comer! E haja dinheiro pra tanta comemoração, mas eu bebo sem compromisso com o meu dinheiro, ninguém tem nada com isso. A menos que você aí queira me dar um dinheiro aqui.
Abre alas! O tempo passa e vamos nos acabando no balancê, balancê. Viva o Carnaval! Pode faltar amor que a gente até acha graça. Enquanto tem muita gente guerreando com a bandeira branca queremos paz...

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